3 sinais de que sua equipe está falhando por conta do estresse do home office
Autor:Angel Au-Yeung
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Durante o primeiro mês de trabalho em casa, muitos funcionários estavam em um estado de “semi-choque”. Havia tanta energia concentrada em apenas descobrir a logística do trabalho remoto que não sobrava tempo para lidar com os aspectos emocionais.
No entanto, à medida que as pessoas se estabelecem em uma rotina e que o pânico com a adaptação ao home office diminui, é possível identificar sinais preocupantes das pressões emocionais enfrentadas pelos funcionários que trabalham em casa.
O contexto atual é sem precedentes para a maioria dos profissionais. Nunca antes (pelo menos nos tempos modernos) tantos funcionários trabalharam em casa. Os desafios logísticos, que pareceriam intransponíveis há alguns anos, foram realmente bem gerenciados. E, graças à atenção e ao esforço altamente concentrados, os trabalhadores passaram a atuar de forma remota com surpreendentemente pouco sofrimento.
Todavia, aqueles que estudam o trabalho remoto há anos sabiam que a adrenalina de fazer uma mudança de emergência se esgotaria em algum momento. Agora, as evidências de funcionários lutando psicologicamente com o afastamento estão sendo vistas.
Seu objetivo, ao avançar para a próxima fase de trabalho remoto, é estar ciente dos sinais de alerta de que seus colaboradores estão tendo problemas. Depois de identificá-los, será possível começar a avaliar sua equipe e intervir de forma apropriada. Assim, se souber o que procurar, estará muito à frente da grande maioria dos líderes e seus funcionários terão uma grande chance de enfrentar esta tempestade.
Mas como saber se sua equipe está sob altos níveis de estresse no trabalho remoto? Veja, a seguir, três sinais de alerta:
1. Diminuição da resiliência Nas últimas duas semanas, mais de 5.000 pessoas fizeram um teste de resiliência online gratuito (que testa como o indivíduo lida com as adversidades e reage a falhas, críticas, estresse etc.) e foi revelado que menos de um quarto das delas possui um alto nível dessa qualidade no momento. Dado que a resiliência é nossa capacidade de lidar com as adversidades, este é um bom indicador de quão bem os funcionários têm se sentindo e gerenciando as pressões atuais. É possível solicitar que os colaboradores façam esse teste a fim de avaliar com precisão a resiliência atual da equipe. Também é viável perguntar diretamente a eles na próxima reunião de time por videoconferência. Faça a seguinte pergunta: “Comparado com o que senti há quatro meses, me vejo experimentando…?” – Dificuldade de concentração – Perda de interesse em gostos precedentes ao trabalho remoto – Falta de esperança à respeito do futuro – Sensação de distância ou isolamento com relação aos outros Sentimento de irritação ou raiva Ao constatar que vários funcionários listaram esses itens, é possível concluir que sua equipe está sofrendo fortemente com as pressões de trabalhar em casa.
2. Os profissionais têm cometido mais erros
Um sinal claro de que os profissionais estão começando a se cansar de trabalhar remotamente é quando cometem mais erros e se perdem mais com os prazos do que o normal. No geral, as pessoas não se saem tão bem sob estresse em comparação a um estado de espírito mais relaxado. E esse desconforto emocional geralmente se manifesta em trabalhos mal feitos, imprecisos ou atrasados.
Antes de começar a ver um trabalho incorreto, é possível perceber uma distração individual ou dispersão geral entre os funcionários. Isso pode aparecer quando os integrantes da equipe estão muito agitados e desviam dos assunto central durante uma videoconferência ou por meio do esquecimento. Você já viu algum de seus funcionários esquecer pequenas coisas, como fazer follow-ups, registrar um contato de um cliente ou até mesmo omitir uma linha de assinatura em um email? Esses podem parecer problemas menores, mas eles representam sinais de alerta de que a pressão está chegando à sua equipe.
3. A linguagem dos seus funcionários tem se tornado mais negativa e emotiva
Quando as pessoas se sentem estressadas, é comum que sua linguagem (seja por e-mail, telefonemas ou pessoalmente) evidencie mais negatividade e emocionalidade.
Por exemplo, em situações sem estresse, um funcionário pode dizer: “Este projeto vai ser difícil”. Mas em um ambiente altamente estressante, é provável que ele diga “este projeto é impossível” ou “nunca terminarei a tempo”.
Percebe as diferenças na linguagem? Palavras como “impossível” e “nunca” são chamadas de absolutas. Elas representam uma forma de pensamento em preto e branco (ou seja, em extremos) e é uma distorção cognitiva bem conhecida. A maioria das situações na vida são tons sutis de cinza, não em preto e branco. Sim, esse projeto pode ser difícil, mas não há realmente nenhuma maneira, em qualquer universo, de que de alguma forma possa ser realizado?
Quanto mais alguém se envolve em pensamentos pretos e brancos, menor a probabilidade de ver oportunidades ou possibilidades ocultas. E isso pode levar diretamente a sentimentos de desespero e desesperança.
Outra distorção cognitiva relacionada que aparece na linguagem dos funcionários quando estão estressados é catastrofizar. Isso ocorre quando as pessoas passam a consideram uma situação desagradável como uma catástrofe de vida ou morte, de modo a transformar uma circunstância ruim em uma intolerável. Os profissionais ansiosos são especialmente propensos a catastrofizar. Quando se ouve um funcionário dizer: “Se eu falhar nessa tarefa, minha carreira acabou”, é o sinal de que ele está catastrofizando.
Atente-se a colaboradores que digam ou escrevam frases como as seguintes (visto que são sinais claros de estresse):
– Não há nada que eu possa fazer – Não existem opções – Não posso fazer nada – Isto é impossível
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